terça-feira, 24 de setembro de 2013

Falando sobre... DST(doenças sexualmente transmissíveis)

Sífilis

         Hoje vamos falar sobre uma doença bem conhecida: a Sífilis. Vamos entender melhor sobre esse assunto e responder muitas perguntas bem comuns que povoam a cabeça de toda a galera. E aí? Vamos lá?
Para começar, vamos descobrir o que é exatamente: é uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum. Podem se manifestar em três estágios. Os maiores sintomas ocorrem nas duas primeiras fases, período em que a doença é mais contagiosa. O terceiro estágio pode não apresentar sintomas e, por isso, dá a falsa impressão de cura da doença.

E agora como se pega?
         A sífilis pode ser transmitida de uma pessoa para outra durante o sexo sem camisinha com alguém infectado, por transfusão de sangue contaminado ou da mãe infectada para o bebê durante a gestação ou o parto. O uso da camisinha em todas as relações sexuais e o correto acompanhamento durante a gravidez são meios simples, confiáveis e baratos de prevenir-se contra a sífilis.
O que eu sinto?
        Os primeiros sintomas da doença são pequenas feridas nos órgãos sexuais e caroços nas virilhas (ínguas), que surgem entre a 7 e 20 dias após o sexo desprotegido com alguém infectado. A ferida e as ínguas não doem, não coçam, não ardem e não apresentam pus. Mesmo sem tratamento, essas feridas podem desaparecer sem deixar cicatriz. Mas a pessoa continua doente e a doença se desenvolve. Ao alcançar certo estágio, podem surgir manchas em várias partes do corpo (inclusive mãos e pés) e queda dos cabelos.
      Após algum tempo, que varia de pessoa para pessoa, as manchas também desaparecem, dando a ideia de melhora. A doença pode ficar estacionada por meses ou anos, até o momento em que surgem complicações graves como cegueira, paralisia, doença cerebral e problemas cardíacos, podendo, inclusive, levar à morte. 
Como descubro se eu tenho essa doença?
Quando não há evidencia de sinais e ou sintomas, é necessário fazer um teste laboratorial. Mas, como o exame busca por anticorpos contra a bactéria, só pode ser feito trinta dias após o contágio. O nome desse exame é VDRL. Bem importante para todas as pessoas sexualmente ativas e também gestantes.
Como eu trato esse problema?
Recomenda-se procurar um profissional de saúde, pois só ele pode fazer o diagnóstico correto e indicar o tratamento mais adequado, dependendo de cada estágio. É importante seguir as orientações médicas para curar a doença. O tratamento é realizado com antibiótico, chamado de Penicilina. É uma injeção, portanto de extrema importência que o tratamento seja realizado corretamente e sempre orientado, afinal, ninguém gosta de tomar injeções, não é mesmo?
Agora uma pouquinho sobre a Sífilis congênita: (MUITO IMPORTANTE!!!!!!)
É a transmissão da doença de mãe para filho. A infecção é grave e pode causar má-formação do feto, aborto ou morte do bebê, quando este nasce gravemente doente. Por isso, é importante fazer o teste para detectar a sífilis durante o pré-natal e, quando o resultado é positivo, tratar corretamente a mulher e seu parceiro, não esquecer que o tratamento tem que ser feito do CASAL!!! Só assim se consegue evitar a transmissão da doença.
Todas as pessoas sexualmente ativas devem realizar o teste para diagnosticar a sífilis, principalmente as gestantes, pois a sífilis congênita pode causar aborto, má formação do feto e/ou morte ao nascer. O teste deve ser feito na 1ª consulta do pré-natal, no 3º trimestre da gestação e no momento do parto (independentemente de exames anteriores). O cuidado também deve ser especial durante o parto para evitar sequelas no bebê, como cegueira, surdez e deficiência mental.


Como os bêbes manifestam a doença?
A sífilis congênita pode se manifestar logo após o nascimento, durante ou após os primeiros dois anos de vida da criança. Na maioria dos casos, os sinais e sintomas estão presentes já nos primeiros meses de vida. Ao nascer, a criança pode ter pneumonia, feridas no corpo, cegueira, dentes deformados, problemas ósseos, surdez ou deficiência mental. Em alguns casos, a sífilis pode ser fatal.
O diagnóstico se dá por meio do exame de sangue e deve ser pedido no primeiro trimestre da gravidez. O recomendado é refazer o teste no 3º trimestre da gestação e repeti-lo logo antes do parto, já na maternidade. Quem não fez pré-natal, deve realizar o teste antes do parto. O maior problema da sífilis é que, na maioria das vezes, as mulheres não sentem nada e só vão descobrir a doença após o exame.
Como faço tratamento na gravidez?
Quando a sífilis é detectada, o tratamento deve ser indicado por um profissional da saúde e iniciado o mais rápido possível. Os parceiros também precisam fazer o teste e ser tratados, para evitar uma nova infecção da mulher. No caso das gestantes, é muito importante que o tratamento seja feito com a penicilina, pois é o único medicamento capaz de tratar a mãe e o bebê. Com qualquer outro remédio, o bebê não estará sendo tratado. Se ele tiver sífilis congênita, necessita ficar internado para tratamento por 10 dias. O parceiro também deverá receber tratamento para evitar a reinfecção da gestante e a internação do bebê.
Cuidados com o recém-nascido:
Todos os bebês devem realizar exame para sífilis independentemente dos exames da mãe. Os bebês que tiverem suspeita de sífilis congênita precisam fazer uma série de exames antes de receber alta.
Gostaram? Fique de olho nos nossos próximos assuntos!
Até logo!!!!


BIBLIOGRAFIA:





quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Falando sobre...Sexualidade




                Falar sobre certos assuntos ainda é complicado pra muita gente. Dá vergonha, dá medo de perguntar alguma coisa e os colegas acharem que a pessoa é totalmente inexperiente ou, ao contrário, que é experiente demais. E o medo de que a pergunta vire motivo para uma fofoca em toda a escola?

                Mas e aí... O que fazer?

                Para começar, fazendo aquilo que adolescentes e jovens fazem muito bem: CONVERSAR!



                Seguramente, você já ouviu a palavra sexualidade.

                Seguramente também você já falou sobre isso e até exerceu sua sexualidade.

                OPA! Como assim?

                Pois é, para muita gente a sexualidade é o ato sexual em si. Se esse é o seu caso, sinto muito em dizer, mas você está enganado. Sexualidade é muito mais do que isso.


                Veja o que estudantes que participaram de um projeto chamado Projeto de Segurança Humana (PSH) em São Paulo falaram.


Sexualidade é...

...gostar de alguém.

...vontade de ficar junto só conversando.

...é quando um menino olha pra mim de um jeito que dá até um arrepio.

...é quando uma menina me toca e eu sinto um calor por dentro.

...aquilo que eu sinto quando dou um beijo na boca.


                Eles estavam certíssimos!

                Sexualidade é tudo isso e mais um pouco: é o que nos motiva a buscar carinho, afeto, contato físico. Tem a ver com sentimentos de satisfação e prazer. Cada pessoa vivencia a sexualidade de um jeito diferente e varia ao longo do tempo. Diz respeito ao nosso corpo, nossas relações afetivas, nossa cultura.

                Portanto, a sexualidade é tudo aquilo que desperta o DESEJO, que é a atração de uma pessoa por outra que se manifesta por meio da paixão, da vontade de ficar junto e de ter relações sexuais.



MASTURBAÇÃO

                Para isso, é fundamental conhecer o próprio corpo. Uma das formas de conhecer a parte do corpo que tem a ver com prazer é se tocando.

                Atualmente, a maioria dos especialistas que trabalha na área da sexualidade afirma que tocar os órgãos sexuais com o objetivo de sentir prazer é uma espécie de aprendizado. Conhecer o corpo e descobrir como se chega ao prazer é a melhor forma de se preparar para ter uma relação sexual com outra pessoa. Vale lembrar que a masturbação não traz nenhuma repercussão grave para a saúde e para a cabeça de adolescentes e jovens.

                Mesmo assim, ainda são muitas as crenças que se tem sobre a masturbação. Veja abaixo algumas delas.

 



A PRIMEIRA VEZ

                Tudo o que fazemos pela primeira vez dá um medinho ou uma insegurança. Foi assim quando fomos à escola pela primeira vez, quando demos o primeiro beijo. Com a primeira relação sexual não poderia ser diferente.

                Tem gente que espera muito da primeira vez. Acha até que vai escutar uma música no final. Isso é pura fantasia!

                A primeira vez é só o começo de um longo aprendizado. Afinal, como tudo na vida, precisamos descobrir do que gostamos e o que não gostamos e o que a pessoa que está conosco gosta ou não gosta e, principalmente, conversar sobre formas de se proteger – de uma gravidez indesejada ou de uma doença sexualmente transmissível – antes da transa rolar.

                Outra coisa importante: não existe uma idade certa para começar sua vida sexual. Portanto, não é porque seus amigos ou amigas já têm relações sexuais que você tem obrigação de transar também. Para ser segura e prazerosa, a primeira relação sexual só deve ocorrer a partir do momento em que você se sentir preparado.

                Essa escolha é sua!

                Por isso, não se deixe levar pelas pressões dos outros, respeite o seu próprio ritmo e seja feliz.

                Mas não se esqueça:

Uma mulher pode engravidar mesmo que seja a primeira relação sexual dela. Tem gente que acredita que a menina não engravida na primeira vez. Isso não é verdade! O hímen, a película que fica na entrada da vagina, não é um método anticoncepcional. Portanto, se a menina estiver no período fértil ou perto dele, pode engravidar sim!

• Use sempre camisinha mesmo que seja a primeira vez sua e da outra pessoa. O fato de ser virgem não exclui a possibilidade de doenças.

• É importante que a menina esteja usando outro método contraceptivo também. Não se esqueça, a camisinha pode estourar!



                Como você pode ver, o papo sobre sexualidade não acaba nunca. O mais importante é saber que a sexualidade faz parte da vida de todo mundo, que é algo que desenvolvemos desde o nascimento e faz parte da nossa vida em todos os momentos, e que é muito mais do que a relação sexual. Para muita gente, ainda é difícil falar sobre sexualidade, desejos e prazeres. Seja por vergonha, por medo ou por questões religiosas, muita gente acha que é melhor não falar sobre o assunto.

                 No entanto, é conversando, buscando informações, aprendendo e se descobrindo que adquirimos autonomia e capacidade para fazer escolhas, tomar decisões e assumir novas responsabilidades.



                Fique de olho nos nossos próximos assuntos!





BIBLIOGRAFIA:






Cá Entre Nós – Guia de Educação Integral em Sexualidade entre Jovens. 2012. Prefeitura de São Paulo. Secretaria da Educação.



Caderneta de Saúde do Adolescente. 2010. Ministério da Saúde.